Das coisas da minha carreira – parte 1
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Há 25 anos atrás eu começava a trabalhar na primeira agência de publicidade. Eu era Office Boy e passei para a criação da agência para ser Assistente de Estúdio.

Era tudo muito interessante, uns tals de Apple Performa que você tinha que arrastar o ícone do disquete para o lixo para poder ejetá-lo. Enviávamos para a gráfica o arquivo da arte final em disquete de 1,4MB com a indicação da referência do banco de imagens.

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Depois, começamos a fazer CD Room, a agência já tinha email, Flash e Director eram os softwares da vez. Aí a coisa começou a esquentar, lá por 1998, bolha da internet, a gente fazendo html e subindo no ftp. Nessa época eu já tinha estudado Publicidade no colegial técnico e estava entrando na faculdade de Desenho Industrial.

Depois surgiu uma tal de Arquitetura de Informação. Tudo já era ótimo, divertido, mas aí olhar para algo de forma mais estratégica, usar dados de testes para tomada de decisão, conversar com usuários, usar dados de psicologia, que mudança!

Aí então… UX, agora CX, DT, PD e tantos outros. Passei de refilar papel, para fazer arte final, depois um pouco de html, action script e muito layout para um momento em que pesquisa, conversar com pessoas e olhar para dados é uma das minhas atribuições.

Não sei qual vai ser o futuro, porém uma coisa incrível sobre o design é que ele evolui, e se você quiser evoluir com ele, você tem um espaço muito grande. Basta ter vontade de estudar, de se conectar com que o mercado faz, ter claro seu desenho de carreira.

Deixando aqui um clichê, aquele recado para o Pipo de 25 anos atrás… “Não faça nada diferente molecote (talvez estude mais inglês)”, foi tudo no tempo certo, tudo do jeito que deveria ser. Claro, eu tive muita sorte, é mais difícil para alguém negro, de periferia crescer nesse mundo de meritocracia, eu fiz por merecer, mas também tive ajuda, mas também apanhei bastante, por dificuldades minhas, por discriminação e até por problemas de saúde.

Pra você que está começando, as coisas vão acontecer, tenha paciência, você deve ter uma capacidade de aprendizagem maior do que a que eu tive, pelo menos eu espero isso, então acredite. “Don’t stop, believe…”

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Eu claramente tenho aquela preocupação de que “estou ficando velho, o mercado não vai me querer mais”, sim, esse risco existe, mas eu tenho que buscar aquilo que eu quero sem medo e sem me limitar, sei que terei tropeços e tombos, mas como dizia mano Brown “perseguido eu já nasci, demorô”.

Meu caminho agora é aprender mais e mais a trabalhar com pessoas, agora olhando do ponto de vista de liderança, conversando com outros líderes, ajudando a moldar e definir negócios, essa é a próxima evolução do design, ser participativo, mas não naquele papo de “precisamos estar na mesa de decisão”, mas de nos esforçarmos mais para aprender aquilo que não sabemos. Sem hipocrisia de que temos que saber de tudo, que vamos resolver tudo, vamos devagar, humildade, fé em Deus, dj…

E continuamos em frente, #keepworking como já dizia Big John Mccarthy.

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